domingo, 8 de julho de 2007

SONETO

Se te mostras fraco no dia da batalha
Quem se importa?
Não vem um rato (sequer) bater-te à porta
Mas existe sempre um asno a chamar-te de canalha!

A vida é um combate sempre inútil
E quem de fato quer saber?
Pois nunca de fato te irão dizer
O quanto és (de fato) sempre fútil!

A vida morreu em um nunca: ontem
E a cada hora morremos (sós) com ela
Morremos a partir dos nove meses

A vida morre sempre pra si mesma
A vida morreu como uma lesma
Morri também noventa e nove vezes!

Um comentário:

jorge augusto da maia disse...

Vi algo de Anjos. Dos Anjos, nesse.
(sem se-lo ou selo. medula, e casca.)
e mais gostei. Vale mais a lida dos olhos. Mais trabalhado e apurado.
poema bom de ler.

abraço.